BERLIM, 1930!
Déjà vu.
Anos trinta, na fase
inicial do nazismo a Alemanha vivia um otimismo.
Não esperança! Otimismo,
um infundado otimismo.
Após a derrota na Primeira Grande Guerra, já no final da experiência democrática da República do Weimar, no plano econômico a Alemanha iniciou o seu ressurgimento como potência; O nazismo com a máscara do germanismo .
Já no aspecto humanista,
a história foi outra!
Não seria mal se mantivesse
apenas a tradição germânica quanto a disciplina no trabalho e na atividade social; sem a ênfase ao militarismo.
Não! O partido nazista
não fez isto. O seu neo-germanismo (utilizando a semântica da nova era), foi além; chegou ao fundo do
poço, na sua concepção de raça.
Nesta fase, o nazismo,
tendo Berlim como ícone, e, tal como na implantação do comunismo na Rússia,
mostrou ao mundo onde pode chegar a selvageria, como política de Estado e de
metodologia social.
A
propaganda foi utilizada em larga escala como ferramenta para imbecilizar e
controlar a mente da massa.
Para os nazistas, bem
como para os comunistas, a violência é justificada como parte da política.
Nas ruas, prevaleceram cenas de quebradeiras, agressões, espancamentos, lojas saqueadas, pessoas
hostilizadas em nome de uma causa (movimentos, ditos sociais sempre se escondem
atrás de variados títulos para a sua “causa”).
Nestas condições, as pessoas apresentadas como formadoras de opiniões: artistas, apresentadores de
televisão, cronistas de jornais, justificam os desmandos intitulando a
violência com singelas palavras: é um movimento pacifico!; apenas
manifestações pela paz; só manifestantes; pedem a paz; são defensores do
direito; e por aí vai.
Fazem do pasmado
cidadão uma cópia do berlinense da década de trinta.
Tudo com a ilusão de
criar um futuro, que nunca se realizará.
A diferença geográfica e dos métodos aplicados não
invalidam a comparação entre 1930 e hoje.
Lá, nos anos 30 a promessa da limpeza étnica. A disciplina
ariana.
Hoje, os recursos estatais
em benefício à cultura do ócio. O resultado do labor sendo confiscado pelo Estado.
Lá, a promessa do
emprego, embutida com o desprezo a moral e descriminando os indivíduos.
Hoje como lá, os apadrinhados, usando os mecanismos do Estado e da Mídia para a sua proteção contra as ações destruidoras dos vândalos operacionais; que não passam de seus meros fantoches.
Lá, a promessa aos
militares do rearmamento, mesmo escamoteando a real intenção: ditadura!
Hoje, a promessa aos
militares de fortalecer as Forças Armadas, tornando-as gloriosas e nacionalistas. Mesmo deixando-as a pão
e água.
Ah sim! Nas Sextas Feiras, nem isto.
Lá, os comícios.
Hoje, os anúncios televisivos.
Lá, o ocultismo.
Hoje, o ecumenismo social; seja o que for isto.
Lá, a idolatria ao obscurantismo.
Hoje , a veneração a ignorância.
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