sábado, 16 de julho de 2016

A TURQUIA: ENTRE A CIVILIZAÇÃO E A BARBÁRIE. ENTRE O FANATISMO E A LIBERDADE. EM QUAL DOS MUNDOS TENDERÁ? II CONSEGUIREMOS SABER AS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS.

Antes da queda do império Otomano  na Primeira Grande Guerra, uma era em que foi colocado em risco a segurança da Europa, a Turquia era uma variável de instabilidade.
Contrariando a imagem pacifista, pregada pelos inimigos do cristianismo, ficou como marca indelével da vocação otomana, o genocídio contra os armênios e assírios.

Como ressalva:
As questões sobre as Cruzadas foram muito contaminadas, primeiro pelas influência do Iluminismo da Revolução Francesa, inimiga declarada de Deus e da Igreja Católica e também pela Reforma protestante,
As Cruzadas, bem como a verdadeira história da Igreja Católica como a construtora da Civilização Ocidental merecem serem estudados.
Indico a Aula 9 no site do Pe Paulo Ricardo
https://padrepauloricardo.org/aulas/introducao-as-cruzadas  -  e o livro (que me foi indicado) de Thomas Woods Jr:  Como a Igreja Católica Construiu a Civilização.

Atarturk, com algum grau da realidade, trouxe o país para os trilhos da humanização.
Neste período, entre Atarturk e inicio do século XXI, a Turquia, entre trancos e barrancos, entre golpes e contra golpes, acabou por consolidar-se com um país civilizado, mesmo vivendo sob uma população de maioria muçulmana.

Aproximou-se de Israel e do ocidente, ingressou na OTAN e manteve o Estado afastado das rédeas do Islã.
A eleição de Erdogan como Primeiro Ministro promoveu o primeiro, ainda que leve, abalo no comportamento do Estado.
Superficialmente Erdogan manteve a linha anterior, contudo iniciou um processo de desgaste com Israel, sintoma da sua influência religiosa.
Ainda na religião, Erdogan, um sunita, tomou posição nos conflitos intestinos do mundo muçulmano, entrando em conflito politico e policial com linhas islâmicas contrárias a sua. Resumindo, envolveu o Estado turco nos complicados conflitos islâmicos.

No plano externo, sem dúvida, Erdogan permaneceu na OTAN, mais por sua inimizade com o Rússia, caso que vai além do fanatismo religioso: No histórico do império Otomano, islâmico, registra conflitos centenário com os Ortodoxos;  Primeiro com os Gregos, e por conseguinte, com os herdeiros Ortodoxos religiosos na Rússia, a Igreja Ortodoxa Russa.
Como informação marginal, hoje a Igreja Ortodoxa Russa está longe de ser uma religião, é sim, o departamento voltado aos assuntos religiosos da KGB (atual FSB), portanto a inimizade entre a Turquia e a Rússia é derivada da nacionalidade e ideológica, considerando que a Rússia czarista, entre outros fatores aderiu aos aliados (Inglaterra e França), mais devido a aliança entre a Alemanha do Kaiser com a Turquia Otomana, do que por outros motivos.
A Turquia sempre foi um empecilho para o expansionismo dos impérios russos: tanto o czarista como o comunista.
Não esquecendo o seu novo antagonista nas disputas pelas influências na região: o Irã.

Agora em 2016, vencido o levante de um grupo de militares, qual será o caminho da Turquia?
Primeiro, nem se conhece os motivos reais dos militares rebelados.
Segundo, qual a reação do Erdogan, não só contra os rebeldes, mas a posição que tomará frente ao comando militar e oposição turca?
Terceiro, e este é um sintoma visível, Erdogan tem muita semelhança com o Putin; Semelhança nas suas atitudes, não ideológicos. Putin foi Presidente e agora é primeiro ministro, e nos dois postos manteve a força do poder. Erdogan, foi primeiro ministro e agora é presidente, E nos dois cargos manteve o poder. Então que tipo de poder ele almeja alcançar após o evento desta semana?

Qual o futuro da turquia?
Não sabemos!
Sabemos que o seu passado foi cheio de altos e baixos.
Quando alto, foi uma ameaça.
Quando em baixa, foi um peso político para a Europa.

Quanto ao Erdogan, ele tem um sinistro espectro,este incógnito.
Se do Putin sabemos que é uma ameaça, do Erdogan não sabemos quem realmente seja.
A OTAN e o Ocidente  têm razões de sobra para preocupações.
Novas, das velhas preocupações.

Nenhum comentário: